Nascido em Espinho, no ano de 1960, Paulo Jorge dos Reis Curado morreu esta quarta-feira, 6 de março. Tinha 63 anos e era o cooperador n.º 9 da GDA, a cujos órgãos sociais pertenceu entre 1998 e 2001.

Formado em música clássica e jazz na Academia de Amadores de Música, no Conservatório Nacional de Lisboa e na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, Paulo Curado notabilizou-se como flautista, saxofonista, improvisador e compositor. O seu território predileto foi o da música improvisada, onde explorou as possibilidades da experiência da música criada em tempo real, colaborando regularmente com outros músicos e diversas formações.

Durante o seu percurso, interagiu com outras expressões musicais, ao mesmo tempo que cruzou a sua música com áreas artísticas como a dança, o teatro, as artes plásticas e o audiovisual.

No campo do jazz e música improvisada trabalhou com nomes como José Peixoto, Pedro Gonçalves, Steve Swell, Ken Filiano, Lou Grassi e Nuno Rebelo, entre muitos outros. Dos nomes com os quais colaborou noutras áreas musicais destacaram-se Carlos Paredes e José Mário Branco.

Deram que falar as suas Sonografias com o pintor António Jorge Gonçalves, que pinta em tempo real em suporte digital projetado de maneira a tirar partido da arquitetura envolvente.

Como compositor, trabalhou para teatro (com António Feio e Jorge Silva Melo, entre outros), dança (com Mónica Lapa e Amélia Bentes etc.) e audiovisual (Isabel Aboim, e Nuno Amorim, etc.)

Paulo Curado, morreu esta quarta-feira, dia 6 de março, vítima de doença prolongada.

O velório será no dia 8 de março, entre as 16h e as 21h na igreja de São Jorge de Arroios, enquanto que a cremação acontecerá no sábado, dia 9, às 13h15 no cemitério do Alto de São João. Decorrerá ainda uma Jam Session no Teatro da Voz, também este sábado, dia 9 a partir das 18h30.