Convocatória: Assembleia Geral da GDA realiza-se a 20 de dezembro

A Assembleia Geral da GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas está convocada para as 14h30 do dia 20 de dezembro

Com a finalidade de serem discutidas matérias previstas no Artigo 28.º (n.º 1/c e 1/d) dos Estatutos da GDA, e tendo em atenção o disposto nos seus Artigos 23.º; 26.º (n.ºs 1 e 2); 27.º; e 28.º (n.º 2), convocam-setodos os cooperadores para uma ASSEMBLEIA GERAL, a realizarem 20 de dezembro de 2019, pelas 14h30 horas, nas instalações da GDA – Avenida Defensores de Chaves, n.º 46, em Lisboa, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

  1. Análise e votação do ‘Orçamento’ e do ‘Plano de Atividades’ para 2020, bem como, do ‘Parecer’ sobre os mesmos, elaborado pelo Conselho Fiscal.
  2. Proposta de alteração aos seguintes artigos dos Estatutos da GDA:

1.º – n.º 4;
2.º – nºs. 2 e 3 (novo);
19.º – n.º 3;
37.º – n.º 1 (= ao §único) e n.º 2 (novo);

3. Informações gerais.

Descarregue aqui a convocatória em formato PDF

José Mário Branco: um dos nomes maiores da canção portuguesa

A GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas expressa o seu profundo pesar pela morte de José Mário Branco, uma das mais importantes figuras da música portuguesa.

O músico e compositor, considerado ímpar na música de intervenção, foi membro dos órgãos sociais da GDA, entre 2004 e 2006.

José Mário Monteiro Guedes Branco, mais conhecido como José Mário Branco, nasceu na cidade do Porto a 25 de maio de 1942 e estudou História, nas Universidades de Coimbra e do Porto, curso que não chegou a concluir.

Filho de professores do ensino primário, foi militante de Esquerda, e a ditadura obrigá-lo-ia a exilar-se em França, para onde viajou em 1963. Em 1973, gravou um disco com Zeca Afonso, em Paris — Venham mais Cinco, um dos grandes símbolos de oposição à ditadura portuguesa. Só voltaria a Portugal em 1974.

José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa de intervenção, sobretudo na época da Revolução de Abril de 1974. O seu trabalho também se estendeu às áreas do cinema, do teatro e à ação cultural.

Em 2006 regressou à universidade, para tirar a licenciatura em Linguística, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde foi considerado o melhor aluno do curso.

É autor do emblemático álbum Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (1971), de Margem de Certa Maneira (1973), A Mãe (1978), do duplo Ser solidário (1982), A Noite (1985), Correspondências (1990) e Resistir é Vencer (2004), o último álbum de originais.

O músico foi fundador do GAC – Grupo de Acção Cultural, que entre 1974 e 1977 realizou mais de 500 espetáculos no país e no estrangeiro. Fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades.

José Mário Branco ganhou dois prémios José Afonso, em 1992 e 1996, prémio que distingue e reconhece aquilo que é produzido em Portugal na música.

As cerimónias fúnebres do músico começam esta quarta-feira, 20 de novembro, das 17:00 às 22:30, no salão nobre da Voz do Operário, em Lisboa. O funeral realiza-se na quinta-feira, dia 21 de novembro, à tarde.

Cooperador da GDA: José Cid vence Grammy Latino

O músico português José Cid recebeu, numa cerimónia em Las Vegas, nos EUA, um Grammy de Excelência Musical, da Academia Latina de Gravação, na sequência da atribuição anunciada em agosto.

O prémio, instituído pela Academia Latina da Gravação, “é concedido a artistas que fizeram contribuições de significado artístico excecional para a música latina”, segundo a organização.

José Cid é um célebre autor e intérprete português, dono de uma voz singular que eternizou os seus temas no tempo e na memória de várias gerações de portugueses.

Nascido a 4 de fevereiro de 1942, iniciou a sua carreira musical aos 14 anos quando integrou o agrupamento musical Os Babies, acabando assim por marcar o pop-rock em Portugal. Aos 17 anos compôs a sua primeira canção, Andorinha.

No ano de 1967 fez parte do projeto musical responsável pela criação das bases do rock português, o grupo Quarteto 1111, um ano com enorme sucesso. Em maio de 1971 lança o seu primeiro álbum a solo. Um dos seus maiores êxitos, surge em 1973, denominado 20 Anos.

Continuando como artista a solo, em 1978 lançou 10 000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, considerado uma obra-prima do rock progressivo.

José Cid representou Portugal nos festivais da OTI, em 1979 e no da Eurovisão, em 1980, depois de ter vencido o da RTP, ao qual concorreu várias vezes. Foi um dos premiados no Festival Yamaha, em Tóquio, em 1975, com a canção Ontem, hoje e amanhã.

Um Grande. Grande Amor, A Pouco e Pouco, Como Macaco Gosta de Bananas, A Cabana Junto à Praia, Cai Neve em Nova Iorque, Ontem, Hoje e Amanhã, A Rosa Que Te Dei são alguns dos êxitos do cantor.

Com 77 anos de vida e mais de 50 dedicados à música, José Cid é o segundo português a ser agraciado com o Grammy Latino de Excelência Musical. Carlos do Carmo foi o primeiro português a ser distinguido com este prémio, em 2014.