Hoje assinala-se o Dia Mundial da Propriedade Intelectual

O dia de hoje, 26 de abril, é consagrado em todo o mundo como o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.

A Organização Mundial para a Propriedade Intelectual (OMPI), uma agência das Nações Unidas, assinala o dia 26 de abril como o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.

A GDA, enquanto entidade que gere em Portugal os direitos de propriedade intelectual dos artistas intérpretes ou executantes (atores, músicos e bailarinos), associa-se a essa comemoração, lembrando que a gestão desses direitos, através das sociedades de gestão coletiva, possibilita uma remuneração aos artistas e a aplicação de uma parte das verbas geradas em programas de ação social e cultural.

Os direitos de propriedade intelectual dos artistas são, assim, um importante instrumento para a dignificação e reconhecimento do trabalho e das carreiras dos artistas intérpretes.

Com a criação, há 23 anos, do Dia Mundial da Propriedade Intelectual, a OMPI pretendeu chamar a atenção para o impacto que ela tem nas nossas vidas quotidianas. E recordar que a propriedade intelectual encoraja a inovação e a criatividade, com um enfoque particular na capacidade de as gerações mais novas criarem soluções sustentáveis.

Nas celebrações de 2023, a OMPI escolheu como temas As Mulheres e a Propriedade Intelectual. A OPI considera que as mulheres, representando metade da humanidade, constituem uma vasta reserva de talento inexplorado e desempenham um papel significativo em moldar o mundo através da sua criatividade, trabalho árduo e recursos internos.

Assembleia-Geral da GDA realiza-se a 9 de maio em Lisboa

No dia 9 de maio realiza-se uma Assembleia-Geral da GDA, nas instalações da GDA em Lisboa (Avenida Defensores de Chaves, nº 46) às 10 horas.

Convocatória
Assembleia-Geral

Com a finalidade de serem discutidas as matérias previstas no Artigo 28º (n.ºs. 1-b e 1-d), dos Estatutos da GDA, e tendo em atenção o cumprimento do disposto nos seus Artigos 23.º; 26.º (n.ºs 1 e 2); 27.º e 28.º (n.ºs 2, 4 e 5), convocam-se todos os cooperadores para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a realizar em 09 de maio de 2023, pelas 10 horas, nas instalações da GDA, sitas na Avenida Defensores de Chaves, nº. 46, em Lisboa, com a seguinte
 
ORDEM DE TRABALHOS

  1. Apreciar e votar os Relatórios de ‘Gestão e Contas’ e de ‘Transparência’, bem como, o Parecer do Conselho Fiscal, relativo ao exercício de 2022.
  2. Deliberar sobre a alteração dos Estatutos da GDA, especificamente, sobre a alteração do Artigo 7.º, n.º 1; do Artigo 8.º, n.º 1; e do Artigo 14.º n.ºs 1 e 3; e a eliminação do Artigo 9.º, n.º 2, nos termos constantes da proposta de alteração aprovada pela Direção da GDA.
  3. Apresentação do Relatório da FGDA, relativo ao exercício de 2022.
  4. Informações gerais.

Descarregue aqui a convocatória em PDF
 


Nota: A partir de 2 de maio p.f., os documentos referidos nos pontos 1.) e 2.) da Ordem de Trabalhos, estarão à disposição dos cooperadores para consulta nas instalações da GDA/Lisboa e GDA/Porto, podendo ser solicitado, atempadamente, o seu envio por via eletrónica ou postal.

Os PLAY – Prémios da Música Portuguesa regressam na próxima semana ao Coliseu

A 5.ª edição dos PLAY realiza-se no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no próximo dia 27 de abril. A edição será transmitida em direto na RTP1, Antena 1, RTP Internacional, RTP África e na plataforma digital RTP Play, a partir das 21horas, com apresentação de Filomena Cautela.

Em 2023, os PLAY – Prémios da Música Portuguesa, um evento promovido pela Audiogest e pela GDA, regressam ao Coliseu dos Recreios para mais uma edição dos prémios que procuram distinguir o que de melhor se faz na indústria da música portuguesa.

Esta edição será marcada pela habitual cerimónia pública de entrega de prémios, em que serão revelados os vencedores das 13 categorias, 11 delas sujeitas a nomeação e duas não sujeitas a nomeação, o “Prémio Carreira” e o “Prémio da Crítica”, que são atribuídas pelos promotores (Audiogest e GDA) e pelos jornalistas do setor da música, respetivamente. A cerimónia contará ainda com seis atuações ao vivo.

São atribuídos prémios nas categorias de Melhor Grupo, Melhor Artista Feminina, Melhor Artista Masculino, Melhor Álbum, Canção do Ano, Melhor Videoclipe, Prémio Lusofonia, Artista Revelação, Melhor Álbum Fado, Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita, Melhor Álbum Jazz, Prémio da Crítica e Prémio Carreira.

Das 13 categorias a concurso, Ana Moura destaca-se com indicação em três: Canção do Ano (“Agarra em mim”, com Pedro Mafama), Álbum do Ano (“Casa Guilhermina”) e Melhor Artista Feminina.

Conheça abaixo todos os nomeados PLAY 2023:

MELHOR GRUPO
Calema
Capitão Fausto
Wet Bed Gang
Linda Martini

 

VODAFONE CANÇÃO DO ANO
“Agarra em Mim” – Ana Moura feat. Pedro Mafama
“A Maior Traição” – Carlão
“Lua” – Ivandro
“Quero é Viver” – Sara Correia
“Saudade Saudade” – Maro
“Sorriso” – Diogo Piçarra
 

MELHOR ÁLBUM
“A Estranha Beleza da Vida” – Rodrigo Leão
“A Minha História” – Sara Carreira
“Casa Guilhermina” – Ana Moura
“Club Makumba” – Club Makumba
 

MELHOR ARTISTA MASCULINO
Carlão
Ivandro
Mário Laginha
T Rex

MELHOR ARTISTA FEMININA
Aldina Duarte
Ana Moura
Maro
Nena

MELHOR ÁLBUM FADO
“Perfil” – Dulce Pontes
“Simples” – Carlos Leitão
“Tudo Recomeça” – Aldina Duarte
“Viragem” – Beatriz Villar
 

PRÉMIO LUSOFONIA
“Bom Bom” – Batida feat. Mayra Andrade
“Como Antes” – Matias Damásio
“Dançarina” – Pedro Sampaio feat. MC Pedrinho
“No Chão Novinha” – Anitta, Pedro Sampaio

ARTISTA REVELAÇÃO
A Garota Não
Club Makumba
Milhanas
Nena

 

MELHOR VIDEOCLIPE
“Islet”- Surma / Realizador Telmo Soares
“Barquinha” – Expresso Transatlântico feat. Conan Osiris / Realizador Sebastião Varela
“Private Eyes” – Ditch Days / Realizador António Amaral
“CARO” – X-Tense feat. Slow J / Realizador X-Tense e Gonçalo Carvoeiras
 

 MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA CLÁSSICA / ERUDITA
“J. S. Bach Keyboard Concertos” – João Barradas / Pedro Neves / Orquestra Metropolitana de Lisboa
“Play Off” – Vasco Mendonça
“MAGNIFICAT MARIAN ANTIPHONS & MISSA SALVE REGINA” – Cupertinos
“Lamentationes Hebdomadæ” – Joseph-Hector Fiocco – Ensemble Bonne Corde
 

MELHOR ÁLBUM JAZZ
“Ascetica” – Hugo Carvalhais
“Chasing Contradictions” – Ricardo Toscano Trio
“Jangada” – Mário Laginha
“Prötzeler” – Grupo Apophenia

 

Para mais informações, consulte a página oficial dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa.

Diretiva MUD: GDA apoiará em tribunal os artistas que exijam a receita que lhes é devida pelo mercado digital

A GDA apoiará todas as queixas aos tribunais que músicos, atores e bailarinos queiram interpor se a lei de transposição da Diretiva do Mercado Único Digital (MUD) para Portugal “não deixar claro, preto no branco, que não pode haver artistas sem receber qualquer parcela dos rendimentos que as suas obras gerarem no mercado digital”, afirma Pedro Wallenstein. Com a Diretiva MUD, a União Europeia impõe que o “streaming” audiovisual e de música seja um rendimento justo para intérpretes e executantes.

A GDA avisa o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e os deputados da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que apoiará os artistas portugueses nos tribunais se a transposição para Portugal da diretiva europeia dos direitos de autor e direitos conexos para o Mercado Único Digital – a Diretiva MUD – não garantir a todos os intérpretes e executantes um pagamento justo pela utilização online das suas obras.

A Diretiva MUD foi legislada pelo Parlamento Europeu e pela Comissão Europeia para que os artistas, os autores e os órgãos de comunicação social do espaço europeu possam receber um pagamento justo pela utilização online das suas obras (notícias, entrevistas e reportagens, no caso dos média).

A advertência da GDA ao Governo surge na sequência de o Ministério da Cultura ter colocado em consulta pública o Decreto Lei 134/XXIII de 24 de março de 2023 (anterior Proposta de Lei nº52/XV), ou seja, o texto que resultou da “autorização legislativa” que a Assembleia da República deu ao Governo para que seja este, e não o próprio Parlamento como seria natural, a transpor para ordem jurídica portuguesa a Diretiva MUD aprovada em 2019 em Estrasburgo e em Bruxelas (ver Decreto Lei em consulta pública em anexo). Segundo a GDA, o texto da transposição colocado por Pedro Adão e Silva à consulta pública esta semana “trai por completo” os propósitos políticos de justiça e de equidade que estiveram no espírito dos deputados e dos comissários europeus, prejudicando de forma inaceitável os artistas, os autores e os órgãos de comunicação social.

“É totalmente inaceitável que, sob o disfarce da ‘transcrição literal’, o ministro da Cultura subscreva um texto que, na prática, deixará a maioria dos artistas intérpretes, e a totalidade dos artistas executantes, sem receber um cêntimo das receitas que no futuro irão ser geradas no mercado digital pela utilização do seu trabalho!”, afirma Pedro Wallenstein, presidente da GDA. “Caso esta proposta venha a ser transformada em lei, a GDA apoiará juridicamente as queixas de todos os artistas seus cooperadores que queram ir a tribunal reclamar aquilo que a Diretiva MUD explicitamente lhes concede, mas que a proposta de Pedro Adão e Silva não materializa: o pagamento, justo e proporcionado, pela exploração online das suas obras, nomeadamente o ‘streaming’ das obras musicais e audiovisuais em que participem”.

Quando foi aprovada em 2019 a Diretiva MUD passou a garantir aos artistas europeus, no essencial, duas coisas: que aqueles que até então recebiam pouco pela utilização online das suas obras passassem a receber mais, “de uma forma justa e proporcionada”; e que a maioria dos artistas, que nada recebia nem recebe hoje, passasse a receber direitos sempre que as obras em que participa gerassem receitas no online. A Diretiva MUD consagra direitos equivalentes, quer aos autores, quer aos órgãos de comunicação social sedeados na União Europeia.

GDA deixa cair a gestão coletiva de direitos e concentra-se nos pagamentos aos artistas

Segundo Pedro Wallenstein, o texto que o Governo agora colocou à discussão pública não garante nada disso. “Pelo contrário! Trai por completo o espírito da Diretiva e quer perpetuar em Portugal o desequilíbrio atual em desfavor dos artistas, excluindo-os do Mercado Único Digital”. O presidente da GDA repudia ainda a tábua rasa que Pedro Adão e Silva faz dos contributos jurídicos que a GDA lhe fez chegar: estes deixaram de incluir qualquer reivindicação de gestão coletiva de direitos e concentraram-se, apenas e só, nos pontos que podem garantir aos artistas o recebimento de uma parcela, “justa e proporcionada”, do rendimento gerado pelo seu trabalho (consultar Posição da GDA aqui).

“No início, a GDA disponibilizou-se para discutir a possibilidade da gestão coletiva de direitos como uma eventual ferramenta, entre outras, para assegurar a justa remuneração de certos artistas que, sem ela, ficariam excluídos do Mercado Único Digital”, explica Pedro Wallenstein. “Verificámos, no entanto, que outros parceiros – a começar pelo Governo – utilizaram essa questão para ofuscar todas as outras, tentando isso impedir a discussão de todos os outros pontos: o pagamento aos artistas, mecanismos de transparência, recurso a arbitragem, etc”.

É por esta razão – por agora estar exclusivamente centrada em garantir que todos os artistas poderão receber o que lhes compete – que a GDA irá mobilizar recursos para apoiar os artistas portugueses nos tribunais. “A GDA apoiará a preparação de todas as queixas que os artistas portugueses queiram entregar nos tribunais se o texto final da transposição da Diretiva MUD para Portugal não deixar claro, preto no branco, que não pode haver artistas sem receber nenhuma parcela dos rendimentos que as suas obras gerarem no mercado digital”.        

O Estado português já é objeto de um processo de infração movido por Bruxelas por não ter transposto em devido tempo, há mais de dois anos, para a ordem jurídica nacional a legislação europeia que garante que a exploração online – nomeadamente o “streaming” – das obras musicais e audiovisuais seja uma fonte de rendimento justa e proporcionada para todos os artistas, intérpretes e executantes titulares de direitos.

O Parlamento Europeu e a Comissão Europeia legislaram precisamente para tornar equilibrada e minimamente justa a repartição das receitas do mercado digital – tanto em relação aos artistas, como em relação aos autores e aos órgãos de comunicação social, sublinha Pedro Wallenstein. “A proposta do ministro Pedro Adão e Silva deixa tudo na mesma e trai escandalosamente os propósitos genuínos e justos da Diretiva MUD para o espaço europeu.”

Pode ver a Consulta Pública do Decreto Lei 134/XXIII de 24 de março de 2023 (anterior Proposta de Lei nº52/XV) aqui.