Leiria na rota do Rastreio Nacional da Voz Artística

O Rastreio Nacional da Voz Artística estará em Leiria, nos próximos dias 17 e 18 de julho. Dirigido aos artistas do distrito, mas aberto a toda a população mediante inscrição, terá lugar na Unidade de Saúde Familiar Santiago, em Marrazes, Leiria.

A próxima etapa do Rastreio Nacional da Voz Artística será na cidade de Leiria, nos próximos dias 17 e 18 de julho. Este rastreio é uma iniciativa da GDA e da Fundação GDA em parceria com o Ministério da Saúde e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, cuja Unidade de Voz do Hospital Egas Moniz se distingue como o principal ponto do Serviço Nacional de Saúde na prestação de cuidados de saúde diferenciados na área da voz a artistas portugueses.

Dirigido à comunidade artística do distrito de Leiria, mas aberto a toda a população, terá lugar nas próximas terça e quarta- feira, dias 17 e 18 de julho, na Unidade de Saúde Familiar (USF) Santiago (Estrada da Mata, 56 – 2400-014 – Marrazes, Leiria). No dia 17, o rastreio decorrerá entre as 10:00 e as 13:00 e das 15:00 às 18:00. No dia 18, será das 9:00 às 13:00, mantendo-se o horários da tarde igual ao da véspera.

A população poderá inscrever-se nessa USF, ao passo que os artistas deverão fazê-lo diretamente através do site da Fundação GDA (clique aqui para se inscrever). Quem passar por lá e tiver vaga, também será atendido.

“Este rastreio nacional é uma forma de chamar a atenção dos cantores e dos atores portugueses para os cuidados regulares que devem ter com o seu aparelho vocal: a exigência permanente a que a voz profissional está sujeita desenvolve algumas patologias que, se não forem detetadas cedo e corrigidas, comprometem a prazo a qualidade do desempenho artístico”, afirma Clara Capucho, a cirurgiã otorrinolaringologista responsável pelo rastreio da GDA.

“Para além de cantores e atores, é crucial para a saúde vocal dos portugueses que todas as pessoas, regularmente, façam um exame às suas cordas vocais. É isso que permite fazer o diagnóstico precoce de várias doenças, entre as quais o cancro da laringe”, afirma Clara Capucho.

“Há muitos profissionais da voz como professores, jornalistas, advogados, políticos ou padres, entre muitos outros, que têm todo o interesse em verificar a saúde do seu aparelho vocal”.

“A Fundação GDA tem sido uma das organizações que, em Portugal, mais consistentemente tem promovido uma cultura de saúde da voz”, afirma por seu turno Luís Sampaio, vice-presidente da GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, que acompanha o rastreio.

O Rastreio Nacional da Voz Artística – anunciado no Dia Mundial da Voz de 2017 e que fez o balanço do seu primeiro ano no Dia Mundial da Voz de 2018 – percorrerá todos os distritos e regiões autónomas, assegurando desta forma a possibilidade de se fazer o diagnóstico precoce de várias doenças típicas dos profissionais da voz. Serão muitas centenas de exames em cidades e regiões onde, até à data, os artistas lá residentes não tinham acesso a eles. Antes de Leiria, o rastreio já passou pelo Hospital Egas Moniz, em Lisboa, e por centros de saúde dos distritos de Vila Real, Bragança, Beja, Portalegre, Faro, Évora, Setúbal e Santarém.

Europa prestes a consagrar remuneração equitativa para artistas nas plataformas digitais

A GDA – Gestão dos direitos dos Artistas, congratula-se com a solução de compromisso encontrada para Diretiva Europeia sobre o Direito de Autor no Mercado Único Digital, a qual será votada esta quinta-feira, dia 5 de julho, no Parlamento Europeu. A sua aprovação representa um passo decisivo para a remuneração equitativa dos artistas pela disponibilização das suas obras através das plataformas digitais, já que a maioria dos artistas está privada da sua remuneração quando o seu trabalho é disponibilizado nas plataformas de “streaming “e de “download”.

Depois de ter passado por cinco comissões parlamentares diferentes, a proposta de Diretiva Europeia sobre o Direito de Autor no Mercado Único Digital será votada, esta quinta-feira, dia 5 de julho, em sessão plenária do Parlamento Europeu (PE). Esta proposta foi aprovada no dia 20 de junho na Comissão de Assuntos Jurídicos do PE, apresentando uma solução de compromisso que assegura a todos os intérpretes uma remuneração justa e proporcional em todas as formas de exploração na internet, incluindo as utilizações “on demand”.

A GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, a entidade que em Portugal gere os direitos de propriedade intelectual de atores, bailarinos e músicos, vê com satisfação o facto de terem sido removidas, da proposta inicial da Comissão Europeia, determinadas limitações que tinham o potencial de excluir um enorme número de artistas daquelas disposições. “O documento final que irá ser votado é resultado da ação dos movimentos de artistas europeus para uma internet mais justa para o seu trabalho”, afirma Pedro Wallenstein, presidente da GDA. “Na nossa perspetiva, representa um sinal claro contra a persistência das práticas de transmissão de direitos inaceitáveis e injustas”.

No entanto, segundo Pedro Wallenstein, apesar deste importante marco alcançado e que é resultado de duas décadas de luta, a situação ainda não se encontra completamente ganha para os artistas, uma vez que o plenário do PE terá ainda de aprovar o mandato para o seu representante negociar a proposta com o Conselho Europeu e a Comissão Europeia. “Apesar de a votação de dia 20, na Comissão de Assuntos Jurídicos, ter ficado a um passo de garantir aos artistas o direito irrenunciável a uma remuneração direta dos provedores de serviços que disponibilizam os seus trabalhos nas plataformas digitais, congratulamo-nos com o facto de, na proposta do Parlamento, os estados membros serem encorajados a legislar no sentido de alcançarem esse objetivo através de mecanismos de remuneração legal”, afirma Pedro Wallenstein.

Passada esta fase do processo legislativo europeu, a GDA espera ver confirmado, ao longo dos próximos meses, o resultado desta votação durante as negociações do chamado “triálogo”, entre o Parlamento Europeu, o Conselho Europeu e a Comissão Europeia. Pedro Wallenstein recorda que a GDA apoia desde o início a coligação de artistas de toda a Europa “Fair Internet for Performers!” (Internet Justa para os Artistas!) e as suas campanhas junto dos organismos europeus para acabar com uma injustiça fundamental: o facto de a maioria dos artistas serem privados da sua remuneração quando o seu trabalho é disponibilizado nas plataformas de “streaming “e de “download”.

“A GDA agradece também aos eurodeputados portugueses dos vários partidos o apoio contínuo à luta por uma maior justiça na distribuição da riqueza gerada pelo trabalho dos artistas através das plataformas digitais”, conclui Pedro Wallenstein.