GDA faz balanço do Rastreio Nacional da Voz Artística e anuncia protocolo com a DG Artes

Este ano, nos dias 16, 17, 18 e 19 de abril, os rastreios no Hospital Egas Moniz vão estar abertos a artistas e a todas as pessoas que o queiram fazer. Sob a coordenação de Clara Capucho, os rastreios poderão ser feitos na Unidade de Voz entre as 9:00 e as 12:00 e as 14:00 e as 16:00, não havendo marcação e sendo o atendimento feito por ordem de chegada.

O Dia Mundial da Voz 2018, a 16
de abril, vai ser marcado por duas iniciativas da GDA – Gestão dos
Direitos dos Artistas, a entidade em que Portugal gere os direitos de
propriedade intelectual de músicos, atores e bailarinos, e da sua
Fundação. O balanço clínico dos primeiros distritos onde foi realizado o
Rastreio Nacional da Voz Artística, iniciado há um ano com base numa
parceria entre a GDA, o Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar Lisboa
Ocidental e o Ministério da Saúde. E o anúncio de uma colaboração com a
Direção Geral das Artes, tendo em vista a ampliação do projeto de
Rastreio Nacional da Voz Artística em curso às estruturas de produção
artística locais disseminadas pelo país.

O balanço clínico e o anúncio serão feitos no dia 16 de abril, Dia
Mundial da Voz, às 15:00, na sede da GDA na Av. Defensores de Chaves,
n.º 46, com a presença da diretora-geral das Artes, Paula Varanda. Na
ocasião será anunciado o protocolo que formaliza a parceria com a DG
Artes que irá permitir os rastreios às estruturas de produção artística.

A médica otorrinolaringologista Clara Capucho, coordenadora da
Unidade de Voz do Hospital Egas Moniz e colaboradora da GDA há vários
anos, é a responsável pelo rastreio iniciado em Lisboa em abril de 2017 –
e prosseguido nos meses seguintes por Vila Real, Bragança, Beja,
Portalegre, Faro e Évora. Em qualquer uma das cidades, o rastreio foi
dirigido especificamente às comunidades artísticas radicadas nos
distritos, mas aberto a toda a população. É o balanço dessas consultas
que irá ser apresentado.

“É muito interessante verificar o que há em comum e como as
patologias diferem, não só entre regiões, como entre os grupos de
artistas e a generalidade da população”, afirma Clara Capucho. “A
patologia mais generalizada é, sem dúvida, a do refluxo gástrico – comum
a artistas e à generalidade da população. Mas também há patologias como
os nódulos nas cordas vocais, os quais são utilizados por alguns
artistas como uma especificidade do seu timbre vocal e,
compreensivelmente, são sentidos como um verdadeiro problema por parte
das outras pessoas, como os professores, por exemplo”.

Este ano, nos dias 16, 17, 18 e 19 de abril, os rastreios no Hospital
Egas Moniz vão estar abertos a artistas e a todas as pessoas que o
queiram fazer. Sob a coordenação de Clara Capucho, os rastreios poderão
ser feitos na Unidade de Voz entre as 9:00 e as 12:00 e as 14:00 e as
16:00.

A intenção da GDA é, mal tenha levado o rastreio a todos os distritos
do continente e às regiões autónomas dos Açores e da Madeira,
estendê-lo a ações específicas dirigidas a organizações artísticas
espalhadas pelo país. “A GDA está disponível para fazer gratuitamente
rastreios de voz junto de estruturas de produção artística regionais”,
afirma Luís Sampaio, vice-presidente da GDA e o responsável direto pela
organização dos rastreios. “O que contamos da Direção Geral das Artes é
com a colaboração institucional para promover a realização dos rastreios
juntos das companhias de teatro, grupos musicais e de canto, bandas e
orquestras”.

A GDA, através da Fundação GDA – o seu braço para valorizar o
trabalho dos artistas e promover o seu desenvolvimento humano e cultural
e a sua proteção social – tem-se distinguido pela prevenção,
profilaxia, diagnóstico, tratamento e recuperação das patologias da voz
dos artistas que têm nela o seu principal instrumento de trabalho.
Através da colaboração com Clara Capucho (ver anexo), os rastreios
promovidos pela GDA têm tentado colmatar o escasso acesso a diagnósticos
precoces, tratamento e acompanhamento das doenças da voz no Serviço
Nacional de Saúde na maior parte do território nacional.

Por isso, desde maio de 2017 o Rastreio Nacional da Voz Artística
está a ser levado a distritos onde nunca se tinha realizado nenhum,
assegurando desta forma a possibilidade de fazer o diagnóstico precoce
de várias doenças, entre as quais o cancro da laringe.

“Na comemoração do Dia Mundial da Voz de 2018, a GDA e a Fundação GDA
vão relançar a causa da saúde vocal em Portugal, não só para os
artistas, mas para todos os portugueses”, afirma Luís Sampaio. “Para
além da realização dos rastreios, a GDA tudo fará para promover a
articulação da comunidade artística e das suas estruturas de produção em
todo o país com as entidades do Estado, nomeadamente a DG Artes, as
direções regionais da Cultura e o Ministério da Saúde”.